Mirando cenas para virar o jogo e transformar o mundo

Mirando cenas para virar o jogo e transformar o mundo

Mirando cenas para virar o jogo e transformar o mundo

Nós do Morro 

Data e hora

24/11/21—28/11/21

Recomendação etária: Livre

Ingressos: Grátis

Acesse as obras indicadas aqui:
Sesc Digital

O Grupo de Teatro Nós do Morro, fundado em 1986, no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, se inspirou no trabalho de coletivos e grupos que marcaram o panorama teatral do Brasil durante as décadas de 1960 e 1970. Seu núcleo fundador se compunha de artistas oriundos de várias partes do país, que encontraram na favela um espaço de moradia e de vivência com os moradores locais. Foi esse convívio que possibilitou a realização de um projeto de acesso à arte e à cultura, por meio do teatro, para os jovens moradores da favela, sempre carentes de políticas públicas voltadas para a disponibilização de meios de produção e equipamentos culturais.


Iniciativas como os trabalhos disponibilizados pelo Miradas Digitais são parte de um processo de resposta e de resistência que a arte é capaz de oferecer como antídoto contra o obscurantismo e a fobia dos donos do poder de plantão contra a cultura. E ela, como comprova a história do mundo, é um remédio eficaz e capaz de levar a humanidade a encontrar um novo caminho, mostrando que a vida levada na e com arte é mais bonita de ser vivida.


Por conta da crise que vivenciamos ao longo dos últimos anos, não poderíamos deixar de levar em consideração a atuação desses grupos teatrais em seu trabalho diário de levar o teatro para um lugar onde possa ser visto pela plateia, seja ele onde for: em palcos tradicionais ou praças e espaços da periferia. Também lembrar da importância do trabalho de formação, dos encenadores criadores/pedagogos e da sua luta cotidiana na busca de novos conhecimentos e práticas que redundam na criação de novas estéticas e experimentações cênicas.


Esses trabalhos são a prova de que o teatro resiste às pressões políticas, sociais e econômicas, sendo ele próprio uma arte política por excelência, sempre capaz de se reinventar.


Assim, indicamos os seguintes vídeos como exemplo de resistência e de resgate da importância do trabalho continuado feito pelos grupos teatrais:


Coletivo Angu de Teatro e Teatro de Fronteira (episódio da série documental Cena Inquieta): mostra a luta desses coletivos pernambucanos para manter a cena teatral viva, mesmo em meio à decadência dos espaços cênicos tradicionais em seu estado.




  • Clariô de Teatro (SP), Dolores Boca Aberta (SP), Cia Candongas e Outras Firulas (MG) e Grupo Via Magia (BA) (de outra série do SescTV Teatro e Circunstância, episódio Quando a Periferia É o Centro): a luta dos coletivos e dos grupos para fazer e levar o teatro para as comunidades periféricas, além da valorização do papel da arte-educação e da demarcação de territorialidades.


Também destaque para o documentário Vassiliev, sobre o diretor russo Anatoli Vassiliev: o papel do encenador como pedagogo e formador na criação e desenvolvimento de uma estética mais universalizante na cena teatral da Rússia no final do século XX; mostra um processo de criação baseado na formação e na aquisição do conhecimento por parte da direção e dos atores.


O espetáculo Policarpo Quaresma, do encenador brasileiro Antunes Filho (1929-2019) que representa um exemplo da junção do desenvolvimento do trabalho/pesquisa/formação de grupo e de atores criadores.


Por fim, como exemplo de intercâmbio internacional e apresentação de grupos de fora do cenário nacional, com uma proposta cênica contemporânea e instigante e manutenção da pesquisa e do estudo permanente somente possível de ser realizado por grupos estabelecidos, indicamos o webdoc do espetáculo Psico/EmbutidosCarniceria Escenica, da Cia Titular de Teatro de la Universidad Veracruzana, do México.



Nós do Morro
grupo teatral e associação cultural

Data e hora

24/11/21—28/11/21

Recomendação etária: Livre

Ingressos: Grátis

Acesse as obras indicadas aqui:
Sesc Digital

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